Careca e seus 10 Titulos
21/09/2008 15:42
"BRASILEIRÃO DE 1978 FOI UMA VITÓRIA DO GRUPO"
Agosto é um mês muito especial para o Guarani, de Campinas. No dia 13 deste mês, em 1978, o ‘bugre’ ergueu seu mais importante troféu e o Brasil teve seu primeiro campeão nacional vindo do interior. Para falar um pouco daquela épica conquista que esta completando 30 anos, batemos um papo com Careca, o jovem centroavante de 17 anos que incendiou aquele Brasileirão e se tornaria um dos melhores camisas ‘9’ que o país já teve. Confira! O título brasileiro de 1978 vencido pelo Guarani está completando 30 anos. Quais as principais lembranças daquela conquista? O inicio foi muito difícil, a equipe era desconhecida, mas com uma união que prevaleceu, era um grupo de jogadores até então sem muito nome, mas que tinham a disposição de se doar. Isso foi mais marcante para mim. Impressiona como o treinador Carlos Alberto Silva conseguiu mentalizar uma equipe pequena do interior para ganhar um campeonato nacional. Exatamente, a equipe se fechou com ele. Jogadores, técnico, diretoria, a cidade, todos tinham o interesse em ganhar. Acreditamos muito que era possível. Ele também era desconhecido, mas conseguiu mentalizar os jogadores com sua filosofia e levar o grupo as vitórias.
Você entrou como titular pela primeira vez no clássico contra a Ponte Preta onde você marcou os gols da vitória por 2 a 1. Você tinha 17 anos e o Guarani não ganhava o derby campineiro há três anos (desde 75). Tremeu antes do jogo? A expectativa era muito grande, muito comentário na semana que antecedeu aquela partida, então, eu tinha aquele ‘frio na barriga’, não tremedeira. A partir do momento que o juiz apita, isso acaba e você só pensa em fazer o melhor.
Você jogou 20 anos com uma regularidade e uma média de gols fabulosa (0,5 gols por jogo contando Guarani, São Paulo, Napoli e seleção). Qual foi o seu segredo para ter uma média de gols tão boa ao longo da carreira? Eu não era um atacante ‘fominha’ e tinha bom relacionamento no plantel. Eu tinha facilidade para marcar gols, mas sempre sabia servir meus companheiros no momento certo. Essa simplicidade de querer o bem da equipe fez toda a diferença para contar com o apoio dos companheiros. Até mesmo no Napoli, tive ótima relação com Maradona, todos dizem que existe rivalidade entre brasileiros e argentinos, mas não é tão radical assim. A amizade e o sucesso em campo que tive com Diego é prova disso.
Quais as principais diferenças entre o futebol italiano dos anos 80, que você jogou, e o atual, que você observa? Na minha época já era de alto nível e havia mais talentos individuais. Hoje aumentou a força, a potencia física e tem mais estrangeiros. Basicamente a diferença é essa.
A FICHA DE CARECA Nome: Antônio de Oliveira Filho |
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